Obama se rende: acordo ou desastre?

por Sulamita Esteliam
Barack Obama: processo demasiado longo - Foto capturada em Carta Maior

Hoje seria o dia da hecatombe econômica mundial: o dia em que os Estados Unidos da América, a outrora economia mais punjante do Planeta, decretaria moratória. Na antevéspera, entretanto, lideranças democratas e republicanas chegaram a um acordo. O próprio Barack Obama admitiu, ao anunciá-lo, que não é o acordo desejado. Mas é mais do que isso: na verdade, adia-se o desastre que, de uma forma ou de outra, contaminará não só as finanças do país norte-americano, mas globais. Palavra de quem entende do ramo.

Obama e a torcida do Chicago Fire sabem que seu governo está nas mãos da extrema-direita corrosiva.

Paul Robin Krugman, economista americano, professor de Economia e Assuntos Internacionais da Woodrow Wilson School of Public and International, na Universidade de Princeton, escreveu pouco antes da aprovação do acordo para elevação do teto da dívida:

“Se for aprovado, muitos comentaristas irão declarar que o desastre foi evitado. Eles estarão errados. (…) o acordo é, em si mesmo, um desastre, e não apenas para o presidente Obama e seu partido. Ele vai afetar uma economia já deprimida; ele provavelmente tornará o problema do déficit norte-americano pior, no longo prazo; e, mais importante, ao demonstrar que a extorsão crua funciona e não tem custos políticos, ele aproximará os Estados Unidos das repúblicas de bananas.”

Clique para ler a íntegra do artigo, traduzido pelo jornalista Antônio Martins, de Outras Palavras.

Carta Maior tem a cobertura do fechamento do acordo, assinada por David Brooks, do La Jornada e traduzida por Katarina Peixoto.

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